Nesta sexta-feira (1º/12), a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a iniciativa de abrir uma consulta pública para reavaliar a proibição do uso de cigarros eletrônicos no Brasil. A decisão foi tomada após o órgão receber 62 manifestações sobre o tema, contando com a participação de fumantes e especialistas em tabagismo. Vale ressaltar que a comercialização, importação e propaganda de vapes está proibida no país desde 2009.
O argumento principal daqueles a favor da regulamentação é de que o cigarro eletrônico causa menos danos que o cigarro convencional. Também há aqueles que não aprovam o consumo, mas alegam que a liberação do item ajudaria na fiscalização da venda no país. No entanto, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou que existem dados que mostram o contrário: a liberação aumentaria o consumo e, por consequência, sobrecarregaria o sistema de saúde brasileiro.
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Segundo a Associação Médica Brasileira, a vaporização de um cigarro eletrônico é equiparada ao consumo de um maço inteiro. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, identificou cerca de 2.000 moléculas distintas no vapor dos POD’s, sendo a maioria delas ainda não completamente identificada.
Para aqueles interessados em participar da consulta pública aprovada nesta sexta-feira, há um prazo de 60 dias para enviar suas considerações.