O governo brasileiro apresenta nesta terça-feira (17) ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (Estados Unidos), uma proposta de resolução para a guerra entre Israel e Hamas, que deve acontecer por volta das 20h (horário de Brasília).
Nesta segunda-feira (16), duas minutas foram apresentadas na reunião, mas apenas uma delas foi votada. O texto apresentado pela Rússia, que pedia um cessar-fogo imediato, além de ajuda humanitária, mas sem condenar diretamente o Hamas. Isso resultou em muitas reclamações entre os diplomatas.
Os Estados Unidos vetaram a texto da Rússia e seus representantes apontaram que a ideia de cessar-fogo imediato contrariava o direito de Israel de retaliar os ataques do Hamas por meio dos bombardeios à Palestina, diante as 4 mil mortes e a crise humanitária existente com o início do conflito.
A minuta do Brasil
O documento brasileiro que será apresentado e discutido condena o Hamas pelos ataques e pede que seja suspensa a medida de desocupação exigida por Israel aos moradores da região norte da Faixa de Gaza.
- Condena nominalmente o grupo extremista Hamas pelos atentados terroristas do dia 7 de outubro em Israel.
- Pede a libertação dos cerca de 200 reféns que estão com o Hamas.
- Argumenta que Israel reveja a ordem de deslocar os civis do norte para o sul da Faixa de Gaza, por causa da crise humanitária criada.
- Exige que Israel e Hamas se comprometam com as leis internacionais, principalmente em relação à defesa dos civis.
- Permite que aconteça a entrada e a proteção de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Não é garantida a aprovação, já que seriam necessários nove votos do 15 e nenhum dos membros permanentes poderia vetar o texto.
A Rússia apresentou emendas à redação, que devem ser apreciadas depois de ter 5 votos a favor, 4 contra (sendo 3 vetos de EUA, França e Reino Unido) e 6 abstenções, incluindo o Brasil.
Em unanimidade dos membros do conselho foi o reconhecimento da gravidade da situação que estão submetidos os cidadãos da Faixa de Gaza e a necessidade de ações humanitárias na região.
*Com informações Metrópoles