Durante a cerimônia em homenagem ao general iraniano Qassem Soleimani, morto em 2020 em um ataque com drone pelos Estados Unidos, ocorreram duas explosões perto do cemitério do Irã que mataram mais de 100 e feriram mais de 200 pessoas, segundo as informações de autoridades iranianas nesta quarta-feira (3/1).
A primeira explosão foi a 700 metros do túmulo de Soleimani, e a segunda a um quilômetro de distância, enquanto as pessoas visitavam o local, disse a televisão estatal iraniana .
❗️🇮🇷 No Irã, perto do cemitério onde o general Qassem Soleimani está enterrado, houve uma explosão, segundo a mídia
TV estatal iraniana diz também que segunda explosão foi ouvida perto do túmulo de mortos comuns.
Soleimani foi morto em um ataque dos EUA em 3 de janeiro de 2020. pic.twitter.com/eOtrNeXDB5
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 3, 2024
A agência Nournews disse que “vários botijões de gás explodiram na estrada que leva ao cemitério”. Uma autoridade local afirmou, segundo a mídia estatal iraniana, que as explosões foram causadas por “ataques terroristas”.
Outro canal de mídia local também citou o vice-governador para Política e Segurança dizendo que não está claro se o “incidente foi causado por uma explosão de gás ou um ataque terrorista.” Vídeos postados mostraram grandes multidões correndo na área após as explosões.
A TV estatal mostrou socorristas do Crescente Vermelho atendendo os feridos onde centenas de iranianos se reuniram para marcar o aniversário da morte de Soleimani.
“Nossas equipes de resposta rápida estão retirando os feridos. Mas há multidões bloqueando as estradas”, afirmou Reza Fallah, chefe do Crescente Vermelho da província de Kerman, à TV estatal.
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Comandante sombra
Conhecido como o “comandante sombra” do Irã, Soleimani foi um dos homens mais poderosos do Irã. Ele era chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária, uma unidade de elite que lida com as operações no exterior e foi considerada uma organização terrorista pelos EUA, desde 1998.
O Pentágono diz que Soleimani e suas tropas foram “responsáveis pela morte de centenas de militares americanos e da coalizão e por deixar milhares de feridos.”
O comandante foi o mentor das operações militares iranianas no Iraque e Síria, morreu em um ataque aéreo americano ordenado pelo ex-presidente Donald Trump no Aeroporto Internacional de Bagdá há quatro anos.
*com informações de CNN