Na manhã desta segunda-feira (30), mais um prédio foi bombardeado na Faixa de Gaza, na cidade de Khan Yunes. O edifício ficava localizado ao lado da residência de uma família de brasileiros.
O fato foi registrado por Hasan Rabee, que mora em São Paulo, mas estava na Palestina visitando a família três dias antes do início dos conflitos.
“Acabou de cair uma bomba atrás desse prédio. Meu Deus do céu. As bombas não param. Está vendo a rua como ficou? As bombas não param. As crianças estão bem assustadas”, relatou o palestino naturalizado brasileiro.
Assim como centenas de pessoas, Rabee está aguardando a abertura da fronteira para deixar o país com a esposa e suas filhas. Ele mostrou a destruição do prédio ao lado de onde eles estão abrigados.
“A casa que foi atacada ao lado de onde a gente está. Bastante gente ferida. Cidadãos fazendo ajuda humanitária para resgatar os feridos. Absurdo”. Lamentou.
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Relatos de brasileiros
Outro grupo de brasileiros aguardam a abertura da fronteira. A brasileira Shahed al-Banna, de 18 anos, relatou como tem sido a espera para serem resgatados sem previsão de sair.
“É difícil encontrar água e gás no país porque as fronteiras estão fechadas, mas a embaixada está nos ajudando em tudo que é possível. Ontem à noite foi terrível, a gente não conseguiu dormir. Todas as noites são terríveis. A gente não consegue ficar calma com tanto bombardeio que eles jogam perto e em todos os lugares”.
Cerca de 30 brasileiros estão sendo acompanhados pela Representação Brasil em Ramala, na Cisjordânia. Segundo o embaixador brasileiro, Alessandro Candeias, a situação é muito preocupante, pois apesar da embaixada enviar dinheiro, há dificuldade de encontrar água e alimentos.
Veja o vídeo: