Javier Milei, presidente da Argentina, anunciou durante entrevista ao vivo, nesta segunda-feira (11/03), a demissão de seu secretário de Trabalho, Omar Yasin, a quem responsabilizou por uma proposta de aumento de salários de integrantes do Executivo. O plano incluía elevar em 50% a remuneração de ministros e do próprio presidente.
Na semana passada, o projeto atraiu críticas da ex-presidente argentina Cristina Kirchner. O anúncio da demissão de Yasin foi feita em uma entrevista que Milei concedeu a uma emissora de TV argentina. “Demiti o secretário do Trabalho e neste momento estão a notificá-lo deste erro”, disse na entrevista.
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O presidente afirmou que estava notificando o secretário do Trabalho sobre o erro cometido. Vale ressaltar que o plano de aumento salarial, que gerou polêmica, não estava assinado por Yasin, mas sim por Milei. O jornal argentino “Ámbito Financiero” destacou que a proposta de aumento salarial enviado ao Congresso não levava a assinatura de Yasin, o que levanta questionamentos sobre a responsabilidade do secretário de Trabalho na elaboração do plano.
A demissão de Yasin, portanto, pode ter sido uma medida para conter possíveis desgastes políticos decorrentes da proposta de aumento salarial. A situação evidencia a tensão política no governo argentino, com divergências internas sobre questões econômicas e salariais.
Veja o vídeo:
Milei acaba de demitir o ministro do Trabalho ao vivo na TV por não rever o decreto de Cristina que aumentava os salários do Executivo (que Milei reverteu ontem) Brutal.
Tchau peronista! pic.twitter.com/iYD0pBZYTX— Guth Feitosa (@Guthbsb) March 11, 2024