Pelo menos sete pessoas morreram durante os protestos iniciados nesta segunda-feira (29/7) na Venezuela contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro. A vitória de Maduro, apontada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, está sendo contestada pela oposição e por vários países.
Manifestantes chegaram a derrubar estátuas do ex-presidente Hugo Chávez. Forças de segurança têm lançado gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar as multidões em protesto.
Segundo o grupo de ativistas pelos Direitos Humanos Foro Penal, especializado em prisioneiros políticos, pelo menos 46 pessoas foram detidas em manifestações por toda o país.
As sete mortes foram confirmadas por fontes independentes, segundo o jornal espanhol El Mundo informou nesta terça-feira (30).
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Foram registrados protestos até em áreas pobres de Caracas que até agora apoiavam o governo socialista de Maduro. Em algumas regiões foram ouvidos disparos. “Vou lutar pela democracia do meu país. Roubaram-nos as eleições”, lamentou um manifestante. “Precisamos continuar lutando pela juventude”, disse outro.
O Observatório Venezuelano de Conflitos disse ter registrado 187 protestos em 20 estados até às 18h de segunda-feira. “Foram reportados vários atos de repressão e violência por coletivos paramilitares e forças de segurança”, declarou a entidade.
O CNE declarou a vitória de Maduro na segunda, com 51,2% dos votos contra 44,2% de Edmundo González, da oposição. No entanto, até a postagem desta matéria, o órgão ainda não apresentou as atas da eleição para comprovar o resultado do pleito.
Na noite de segunda, a líder da oposição, Maria Corina Machado, garantiu ter provas de que os resultados eleitorais foram fraudulentos e que o verdadeiro vencedor é Edmundo González.
Com informações de Agência Brasil.