Mais de 5.600 soldados da Venezuela participam, a partir desta quinta-feira (28/12), de exercícios militares ordenados pelo ditador Nicolás Maduro como “resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido“, que enviou um navio de guerra para a Guiana em meio a uma centenária disputa territorial.
“Ordenei a ativação de uma ação conjunta de toda a Força Armada Nacional Bolivariana no Caribe Oriental da Venezuela, na fachada atlântica, uma ação conjunta de natureza defensiva e em resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania do nosso país”, disse Maduro, em rede de rádio e televisão, quando mostrou imagens de navios e aviões de guerra que patrulhavam a área.
Uma nota divulgada pelo governo da Venezuela afirma que o país “rejeita categoricamente” a chegada do navio da Marinha britânica e que a presença estrangeira contraria o que foi acordado com a Guiana sobre Essequibo.
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A região fica na fronteira entre os dois países e é motivo de disputa desde a época colonial. O caso foi retomado após um referendo mostrar que os venezuelanos concordam com a anexação do território.
Essequibo é uma região rica em recursos minerais, principalmente petróleo, e a americana Exxon Mobil é a principal empresa que explora essas reservas, situação vista como uma ameaça por Caracas.
Em 15 de dezembro, Maduro e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, se reuniram em São Vicente e Granadinas e concordaram em não usar a força na controvérsia sobre Essequibo. A presença estrangeira na costa da Guiana, porém, fez a Venezuela iniciar uma demonstração de seu poder bélico.