Nicolás Maduro foi proclamado presidente da Venezuela na tarde desta segunda-feira (29/7), horas após o resultado da eleição presidencial. A vitória foi confirmada pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), mas as atas da eleição não foram divulgadas.
O venezuelano assume para um terceiro mandato, até 2031. Porém, o resultado das eleições segue em contestação pela oposição e por vários países.
O presidente do CNE, Elvis Amoroso, que é próximo do chavismo, reforçou a vitória de Maduro. Ele disse:
“Os venezuelanos expressaram sua vontade absoluta ao eleger Nicolás Maduro Moros como presidente da República Bolivariana da Venezuela para o período 2025-2031”.
Em seu discurso, Maduro disse que estão tentando “dar um golpe de Estado” na Venezuela, e que não haverá fraqueza contra adversários. Ele afirmou:
“Desta vez não haverá nenhum tipo de fraqueza. Desta vez, na Venezuela, a Constituição será respeitada, a lei será respeitada e nem o ódio, nem o fascismo, nem a mentira, nem a manipulação prevalecerão”.
Durante el discurso de aceptación de Nicolás Maduro, tras unas elecciones llenas de incertidumbre y rechazo internacional, se visualiza a Lorena Peña presente pic.twitter.com/RlNzmgzEay
— San Sivar Informativo (@SanSivarInfo) July 29, 2024
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Desde a proclamação de Maduro como presidente, manifestantes contrários ao líder venezuelano foram às ruas de Caracas, a capital do país. Até o momento não há relatos de confrontos.
Enquanto isso, países da América Latina disseram que vão solicitar uma reunião urgente da OEA (Organização dos Estados Americanos) contra a falta de transparência nas eleições da Venezuela. Nota conjunta de Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana pede uma contagem transparente dos votos.
O governo do Brasil divulgou mais cedo uma nota, pelo Ministério das Relações Exteriores, onda afirma que a publicação dos dados desagregados de cada uma das sessões é fundamental para a legitimidade do pleito.
Maduro teve 51,2% dos votos, anunciou o CNE, órgão responsável pela realização dos processos eleitorais no país. Com 80% das urnas apuradas, o atual presidente foi declarado vencedor ao obter 5,150 milhões de votos contra 4,445 milhões (44,2%) de Edmundo González Urrutia. O anúncio ocorreu por volta da 1h da madrugada (horário de Brasília) e depois não foi mais atualizado, porque o site do CNE saiu do ar e até o momento de postagem desta matéria, não foi restabelecido.
Com informações de UOL e G1.