O Ministério da Comunicação e Informação venezuelano confirmou que a capital, Caracas, e outras regiões do país sofreram com um apagão elétrico na manhã desta sexta-feira (30/8). Segundo a pasta, a falta de luz atinge total ou parcialmente todos os estados venezuelanos.
Na terça-feira (27/8), o país já tinha enfrentado uma série de apagões menores. O ministro da Comunicação, Freddy Ñáñez, atribuiu a falta de energia à sabotagem. Ele disse:
“Fomos vítimas, mais uma vez, de sabotagem elétrica”.
O ministro destacou que a equipe da pasta está trabalhando para restaurar totalmente o serviço.
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O apagão nacional acontece no mesmo dia em que o opositor ao presidente Nicolás Maduro, o candidato Edmundo González Urrutia, pode enfrentar um mandado de prisão. Segundo dados divulgados pela oposição venezuelana, González venceu a recente eleição presidencial realizada no final de julho.
González foi convocado pela Suprema Corte do país a prestar depoimento nesta sexta e, caso não compareça, como fez em outras duas audiências às quais foi convocado no último mês, será alvo de um mandado de prisão, segundo o Ministério Público da Venezuela.
A convocação de Edmundo González, como as duas anteriores, não especifica em que qualidade foi convocado: acusado, testemunha ou especialista, como exigido pela lei venezuelana.
González está na clandestinidade desde 30 de julho, quando apareceu pela última vez em público. Desde então, comunica-se apenas pelas redes sociais.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão eleitoral do país, declarou Maduro o vencedor da eleição presidencial, mas as atas da eleição, documentos com os números por estado e locais de votação, não foram publicamente divulgados até hoje. Estados Unidos, União Europeia e vários países se pronunciaram publicamente, afirmando que não reconhecem a vitória de Maduro. No Brasil, o presidente Lula disse que só reconhecerá a vitória caso os documentos sejam apresentados publicamente.
Com informações de Metrópoles e G1.