O presidente americano Donald Trump fez um ultimato ao grupo terrorista Hamas nesta quarta-feira (05/03), ordenando que eles libertem os reféns israelenses, caso contrário vai mandar a Israel “tudo o que precisam para terminar o serviço”.
“Libertem todos os reféns agora, não depois, e devolvam imediatamente todos os corpos das pessoas que vocês assassinaram, ou ACABOU para vocês”, afirmou o presidente norte-americano “Somente pessoas doentes e perversas mantêm corpos, e vocês são doentes e perversos!” disse Trump, referindo-se aos restos mortais dos reféns ainda mantidos pelo grupo extremista.
No início de fevereiro, Trump sugeriu que os EUA assumissem o controle da Faixa de Gaza, transformando a região em uma espécie de “Riviera do Oriente Médio”, com resorts e uma economia voltada para o turismo. O projeto incluiria a realocação de palestinos para países vizinhos, como Egito e Jordânia, uma proposta condenada pela comunidade internacional.
Na mensagem desta quarta, o presidente americano mencionou um “belo futuro” para os civis palestinos, sem dar detalhes.
“Para o Povo de Gaza: Um belo futuro os aguarda, mas não se vocês mantiverem reféns. Se vocês fizerem isso, vocês ESTARÃO MORTOS! Tomem uma decisão INTELIGENTE.”
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Nesta mesma quarta-feira, a Liga Árabe aprovou um plano de US$ 53 bilhões para a reconstrução de Gaza em cinco anos, rejeitado por EUA e Israel. O projeto também propõe a unificação dos palestinos sob a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), excluindo o Hamas.
Cessar-fogo indefinido e advertência da ONU
A primeira fase do cessar-fogo entre Israel e Hamas terminou em 1º de março, sem avanços nas negociações para sua renovação. O conflito, iniciado após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, já se arrasta há mais de 15 meses.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para as consequências da retomada dos combates:
“A guerra em Gaza seria catastrófica. Todos os esforços devem ser feitos para evitar isso.”
Diante da escalada das tensões, a expectativa global se volta para os desdobramentos da crise e para as ações dos governos envolvidos.