Donald Trump recorreu nesta quarta-feira (03/01), à Suprema Corte dos Estados Unidos, sobre a decisão da Suprema Corte do Colorado que o impede de participar das eleições primárias do Partido Republicano no estado.
O empresário contesta a decisão de 19 de dezembro do Supremo Tribunal do Colorado que o proibiu de concorrer no estado, usando como justificativa uma disposição constitucional que proíbe qualquer pessoa que “se envolva em insurreição ou rebelião” de ocupar cargos públicos.
A corte entendeu que ele se envolveu na insurreição que levou à invasão do Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021. O ataque foi uma tentativa dos apoiadores de Trump de reverter sua derrota nas eleições de 2020 para Joe Biden, que o ex-presidente afirma falsamente ter sido resultado de fraude.
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O Tribunal Superior Estadual havia suspendido sua própria decisão até 4 de janeiro, afirmando que Trump permaneceria nas urnas se apelasse. O ex-presidente é favorito à indicação para concorrer à Presidência pelo Partido Republicano em 2024.
O pedido do empresário coloca um caso de grande relevância política perante o mais alto órgão judicial dos Estados Unidos, cuja maioria conservadora de seis juízes a três inclui três magistrados nomeados por Trump. A decisão da Justiça pode influenciar um esforço mais amplo para desqualificar Trump das eleições de outros estados, à medida que as eleições presidenciais de 2024 se aproximam.
A decisão histórica do tribunal do Colorado marcou a primeira vez na história que a Seção 3 da 14ª Emenda da Constituição dos EUA, a chamada cláusula de desqualificação, foi usada para considerar um candidato presidencial inelegível para a Casa Branca.
Donald Trump também apelou para um tribunal estadual do Maine da decisão do principal funcionário eleitoral desse estado que o impediu de estar nas primárias do Maine, usando a mesma disposição constitucional em questão no caso do Colorado.