Trump diz que Hamas tem até 4 dias para aceitar plano de paz em Gaza

Donald Trump falando a jornalistas sobre plano de paz em Gaza (Foto: Francis Chung/POLITICO).
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça (30/9) a jornalistas que o Hamas tem até quatro dias para responder à proposta de seu governo para cessar-fogo em Gaza.
Trump disse que, caso o Hamas não aceite proposta, “isso terá um final triste”. Ao ser questionado sobre um prazo, ele respondeu aos jornalistas: “Vamos dar a eles cerca de três ou quatro dias”.
O plano, que tem 20 pontos, determina o desarmamento completo do grupo terrorista e o exclui totalmente de um futuro governo palestino. A proposta ainda inclui libertação de reféns, vivos ou mortos, bem como a criação de um governo transitório, que supervisionaria a gestão do território. Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, é o nome cotado para assumir a função.
O plano foi apresentado na segunda (29/9) com a presença de Trump e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em entrevista coletiva após o encontro, o presidente dos EUA afirmou que o chefe de Israel teria seu apoio para “fazer o que for preciso para destruir” o grupo terrorista.
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Se ambas as partes aceitarem a proposta, a guerra em Gaza terminará imediatamente. Plano assegura que as forças israelenses irão recuar para posições acordadas e cessarão todas as operações militares, como bombardeios e movimentações no campo de batalha. No documento, diz ainda que a reconstrução de Gaza começará de forma rápida, com foco em beneficiar a população local. Sendo aprovado o acordo, a ajuda humanitária entrará no território de forma imediata.
A proposta ainda prevê, após a devolução de todos os reféns israelenses vivos ou mortos, a libertação de 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua e 1.700 palestinos de Gaza presos após 7 de outubro de 2023, incluindo todas as mulheres e crianças. Para cada refém morto devolvido, Israel devolverá os corpos de 15 palestinos mortos.
A liderança do Hamas analisa a proposta e ainda não se pronunciou. Na mesma reunião, Netanyahu afirmou que apoia o acordo, mas que rejeita totalmente a ideia de criação de um estado palestino.
*Com informações de UOL
