O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (31/1) a imposição de uma tarifa de 10% sobre produtos importados da China, ampliando a guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump. A medida entra em vigor neste sábado (1º/2) e se soma às tarifas de 25% já anunciadas sobre exportações do México e do Canadá.
Segundo a Casa Branca, a decisão de taxar produtos chineses ocorre em resposta à suposta entrada de fentanil nos Estados Unidos vinda da China. “Estamos protegendo os interesses dos norte-americanos contra ameaças externas”, afirmou a porta-voz do governo, Karoline Leavitt.
Nos primeiros 11 dias de seu segundo mandato, Trump tem adotado uma postura mais agressiva no comércio internacional, utilizando tarifas como estratégia política de intimidação. De acordo com o presidente, as sanções contra México e Canadá visam conter a entrada de drogas e imigrantes ilegais nos Estados Unidos.
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Além das novas tarifas contra três dos principais parceiros comerciais dos EUA, Trump também ameaçou impor taxas de até 100% sobre produtos vindos de países do Brics — bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não aceitará sanções unilaterais e adotará medidas de reciprocidade caso as ameaças sejam concretizadas.
As novas tarifas e possíveis retaliações devem aumentar as tensões comerciais globais e impactar o cenário econômico nos próximos meses.