Esta sexta-feira (26/4), marca o 38º aniversário do pior desastre nuclear da história. Para relembrar a data do incidente, funcionários da usina nuclear de Chernobyl que sobreviveram e parentes dos que morreram prestaram suas homenagens às vítimas.
Os trabalhadores que participaram das operações após o acidente afirmaram que a central nuclear de Zaporizhzhia, localizada em território controlado pelas forças russas na Ucrânia, apresenta riscos tão sérios quanto os do desastre de Chernobyl.
Há muito tempo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vem alertando para os perigos de um acidente em Zaporizhzhia, a maior usina nuclear da Europa, e pede pelo fim dos combates na região. Esta usina está localizada a 500 quilômetros do local do desastre de Chernobyl.
Leia mais:
Na ONU, Rússia veta resolução de EUA e Japão que proíbe uso de armas nucleares no espaço
Vice-ministro da Defesa da Rússia é preso por suspeita de corrupção durante a guerra na Ucrânia
De acordo com a CNN Brasil, Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, alerta que o conflito em torno de uma usina nuclear está colocando todos em “perigo constante”.
As forças russas assumiram o controle da planta no início de março de 2022, logo após a invasão da Ucrânia. Unidades militares russas especializadas estão protegendo as instalações, enquanto uma unidade da empresa nuclear estatal russa, a Rosatom, está encarregada da administração da usina.
Desastre histórico
É importante relembrar que o acidente de Chernobyl resultou na dispersão de elementos radioativos por partes do norte da Ucrânia, Belarus, Rússia, norte e centro da Europa. Segundo a ONU, quase 8,4 milhões de pessoas em Belarus, Rússia e Ucrânia foram expostas à radiação. O desastre é diretamente associado a cerca de 50 mortes.