Os negociadores russos e ucranianos retomaram hoje conversas por videoconferência, após autoridades da Ucrânia terem recusado o ultimato russo de rendição da cidade portuária de Mariupol.
Nesta segunda a Ucrânia rejeitou a rendição da Mariupol, que está se tornando estratégica no conflito. Bombardeada há semanas, a situação na cidade já vem sendo classificada como “crime de guerra” pela União Europeia.
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Autoridades ucranianas receberam oito páginas de exigências das forças russas para a rendição da cidade, e teriam até as 5h (0h, de Brasília) para responder. A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, rejeitou o ultimato russo e afirmou que Moscou deveria, em troca, permitir que os moradores bloqueados deixassem a cidade.
Mariupol é importantíssima para a Rússia porque sua tomada tornaria possível uma ponte terrestre entre as forças russas na península da Crimeia, ao sudoeste, e o território controlado pela Rússia, ao norte e leste.
Enquanto isso o conflito prossegue com o estabelecimento de um novo toque de recolher em Kiev, capital ucraniana, que deverá terminar só na quarta-feira. De acordo com os serviços de emergência ucranianos, ao menos oito pessoas morreram e uma ficou ferida em ataque a prédio comercial na cidade na noite deste domingo. Prédios de apartamentos e escolas também ficaram danificados nos últimos ataques.