A Rússia realizou, na madrugada desta sexta-feira (6/6), o maior ataque aéreo desde o início da guerra na Ucrânia, utilizando um total de 452 projéteis — entre drones e mísseis — que atingiram diversas regiões do país. As ofensivas ocorreram após promessas do Kremlin de retaliar um ataque ucraniano contra aviões militares russos.
Segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, “quase todo o país” foi alvo da ação russa. Foram atingidas as regiões de Volyn, Lviv, Ternopil, Kiev, Sumy, Poltava, Khmelnytskyi, Cherkasy e Chernigov — áreas que abrangem o norte, oeste e centro da Ucrânia.
Mortes e ferido
Em Kiev, capital ucraniana, quatro pessoas morreram e ao menos 20 ficaram feridas, sendo 16 hospitalizadas, conforme autoridades locais. Outras 29 pessoas ficaram feridas em diferentes regiões do país.
Explosões de grande escala foram registradas especialmente na cidade de Lutsk. O governo ucraniano classificou os ataques como “terrorismo em massa” e pediu por sanções mais duras contra Moscou.
Segundo o Exército da Ucrânia, os russos lançaram:
– 407 drones Shahed
– 45 mísseis, sendo:
- 6 mísseis balísticos Iskander-M/KN-23
- 38 mísseis de cruzeiro Kh-101 e Iskander-K
- 1 míssil antirradar Kh-31P
Apesar da magnitude do ataque, as forças de defesa aérea da Ucrânia conseguiram interceptar cerca de 370 drones e 36 mísseis com o uso de aviões, sistemas antidrones e defesas antiaéreas.
Resposta do Kremlin
Após o ataque, o Ministério da Defesa da Rússia declarou que a operação foi uma resposta aos “atos terroristas do regime ucraniano”, em referência ao ataque recente com drones contra bases aéreas russas. O presidente Vladimir Putin havia prometido retaliação, reforçando que todas as ações militares da Rússia seriam “respostas legítimas”.
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Record de ataques
Com este bombardeio, a Rússia superou o recorde anterior de ofensivas aéreas durante a guerra — registrado no final de maio, quando 367 projéteis foram lançados. A guerra, que completou três anos em fevereiro, segue com crescente intensidade e número de vítimas, reacendendo apelos internacionais por negociações e sanções.