A República Dominicana suspendeu, nesta terça-feira (05/03), as operações aéreas de passageiros vindo do Haiti ou com destino ao país vizinho. A medida, com efeito imediato, foi emitida pelo Conselho de Aviação Civil da República Dominicana (JAC).
O presidente da JAC, José Ernesto Marte Piantini, explica que:
“Circunstâncias excepcionais, durante um período de emergência ou no interesse da segurança pública, restringirão ou proibirão temporariamente e com efeito imediato voos em todo o território ou em parte dele”.
Ainda na segunda-feira (04/03), o presidente da República Dominicana, Luis Abinader, informou que está em vigor um nível extremo de segurança na fronteira com o Haiti após a fuga de mais de 3.500 prisioneiros no país vizinho no fim de semana.
Embora o chefe de Estado não tenha revelado em que consiste o aumento da segurança nas fronteiras, ele alertou que qualquer prisioneiro haitiano fugitivo que entre no país receberá “uma resposta drástica”.
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Os militares destacados na fronteira “estão preparados para prevenir ou dissuadir qualquer incidente” que comprometa a tranquilidade da zona, conforme informou nesta terça o ministro da Defesa, o tenente-general Carlos Luciano Díaz Morfa.
“A atividade comercial entre os dois países desenvolve-se normalmente, mas organizamos um aumento de pessoal e equipamentos segundo as necessidades de cada local, com o objetivo de fazer com que a população se sinta segura”, disse Díaz Morfa. Ele acrescentou que os soldados serão supervisionados por três dias.
A zona fronteiriça de Dajabón, que continua reforçada, o acesso dos haitianos e a passagem de veículos de carga ao território dominicano foram limitados. Esta medida gerou descontentamento em alguns haitianos. Outros reconheceram que a medida é necessária, considerando que ninguém sabe onde estão os mais de 3.500 presos que escaparam no fim de semana.