Nesta quarta, 19, o presidente da Rússia Vladimir Putin e seu Conselho de Segurança, em reunião televisionada para todo o país, decretaram alerta máximo em diversas regiões do país, incluindo a capital Moscou. Também foi decretada lei marcial nas quatro áreas do território ucraniano anexadas pela Rússia desde o início do conflito militar com o país vizinho, em fevereiro deste ano.
Esta medida representa a primeira admissão tácita por parte do governo russo de que a situação com a guerra na Ucrânia está saindo do controle.
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Nos distritos federais central, onde fica Moscou, e sul, as autoridades poderão executar medidas de defesa civil e de apoio às Forças Armadas. Poderá haver aumento no policiamento e controle do fluxo de pessoas. Já o nível máximo nas regiões da Ucrânia ocupadas (repúblicas de Donetsk e Luganski ao leste, e de Kherson e Zaporizhia ao sul) implica controle total sobre a vida civil e a possibilidade de medidas militares mais drásticas. A região de Kherson estaria sob iminência de um ataque pelo governo ucraniano.
Embora ainda conte com ampla aprovação da população russa, Putin já experimenta uma queda de popularidade, desde a convocação de 200 mil reservistas para as Forças Armadas russas em setembro. A mobilização desses reservistas deve ser encerrada até semana que vem, e em Moscou ela já acabou. Recentemente, o presidente russo já voltou a ameaçar usar armas nucleares para defender as regiões da Ucrânia anexadas no conflito.