O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, firmou um acordo com a oposição e criou um governo de emergência em meio à guerra contra o grupo extremista Hamas. O acordo funcionará como uma espécie de “carta branca” para o governo, o que possibilitaria ao premiê tomar medidas de emergência sem bloqueio de oposicionistas.
O partido governista não tem maioria no Parlamento israelense, o que permite que a oposição possa vetar propostas do governo.
Na prática, o Governo será formado por Netanyahu, o líder oposicionista e um pequeno número de ministros. O anúncio da formação desse governo foi feito em pronunciamento conjunto por Netanyahu e Benny Gantz, líder do partido oposicionista Unidade Nacional. Gantz também pediu a criação de um “gabinete de guerra”, formado por Netanyahu, o próprio Gantz e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, com o premiê tendo a palavra final no gabinete, de acordo com o jornal The Times of Israel.
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O outro líder da oposição, Yair Lapid, permanece fora do acordo após recusar participação. O novo executivo ampliado deve se reunir nos próximos dias em Tel Aviv.
Um acordo entre governistas e oposição também foi adotado às vésperas da Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Desde o início do conflito atual entre Israel e Palestina, o número dos mortos só aumenta e pode já ter ultrapassado os 3.500: Em Israel, os jornais relatam 1.200 mortos e 2.900 feridos. Já o ministério da saúde da Palestina informa 1.100 mortos e 5.339 feridos. Israel também diz ter encontrado 1.500 corpos de soldados do grupo terrorista Hamas em território israelense.