O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dissolveu o gabinete de guerra após a saída do governo do ex-general centrista Benny Gantz. A pressão da ala de extrema direita da coalizão que sustenta Netanyahu no poder também foi fator determinante para a dissolução.
A informação foi divulgada pelas agências Reuters e Associated Press nesta segunda-feira (17/6), que a credita a um funcionário de alto escalão do governo.
O gabinete foi formado após os ataques do grupo Hamas em 7 de outubro do ano passado, quando integrantes do grupo terrorista sequestraram e mataram cerca de 1.200 cidadãos israelenses. Ele era integrado por Gantz, oposicionista a Netanyahu, e se tornou uma espécie de concessão em nome da coalizão de opositores e situacionistas contra o Hamas e o Hezbollah.
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Gantz abandonou a iniciativa na semana passada e levou com ele Gadi Eisenkot, observador do grupo, alegando frustração com a forma como Netanyahu lidou com a guerra. Os críticos dizem que a tomada de decisões de Netanyahu durante a guerra foi influenciada por ultranacionalistas do seu governo que se opõem a um acordo que provocaria um cessar-fogo em troca da libertação de reféns.
Um desses ultranacionalistas é o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, líder de um partido de extrema-direita e defensor das incursões e bombardeios em Gaza. Ben-Gvir e outros nomes estavam fazendo pressão para serem incluídos no gabinete.
No domingo (16), as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram uma pausa de algumas horas nos bombardeios a Gaza para facilitar a entrada de ajuda humanitária. A medida, que é uma exigência de aliados internacionais, como os EUA, teria enfurecido os ministros radicais do governo.
Ao que tudo indica, a partir de agora, Netanyahu e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, vão realizar consultas com outras autoridades para tomar decisões em relação à guerra. E também devem excluir também Ben Gvir de qualquer tipo de debate.
*Com informações de G1 e Metrópoles