A primeira conversa mantida com o auxílio de um telefone celular móvel foi realizada há exatamente cinquenta anos, a 3 de abril de 1974. O bate papo foi protagonizada pelo engenheiro norte-americano Martin Cooper, apelidado de “pai do celular”, que liderou uma equipa da Motorola para conceber o primeiro telefone do tipo.
Cooper fez questão de que a chamada tivesse como destinatário Joel Engel, engenheiro rival na gigante das telecomunicações Bell System.
Martin Cooper, engenheiro e “pai do telemóvel”:“Disse: ‘Joel, é o Martin Cooper’. Ele disse: ‘Olá Marty’. Eu disse: ‘Joel, estou a falar contigo a partir de um telemóvel, um verdadeiro telefone celular, pessoal, portátil, de mão’. Houve silêncio no outro lado da linha e acho que ele estava a ranger os dentes.”
Os primeiros telemóveis eram “tijolos” com quase um quilo e um custo a rondar os 5000 dólares.
Um “luxo” limitado a uma elite exclusiva, que incluía, segundo o inventor, agentes do setor imobiliário, que podiam assim multiplicar as visitas de propriedades ao mesmo tempo que realizavam negócios por telefone, em movimento.
Hoje com 94 anos, Cooper acha que a sociedade precisa de “levantar os olhos do telemóvel”.