A presidente do México, Claudia Sheinbaum, informou nesta segunda-feira (3/2) que Donald Trump, mandatário dos Estados Unidos, concordou em estabelecer uma espécie de trégua tarifária e adiar por um mês a imposição de tarifas de 25% sobre produtos mexicanos.
Em publicação no X, Sheinbaum assegurou que o acordo foi fechado depois que ela falou ao telefone com Trump.
Em troca do adiamento das tarifas, ela teria autorizado o envio de 10 mil soldados mexicanos para a fronteira que separa o México dos Estados Unidos. As informações são do jornal The Guardian.
Sheinbaum disse que os EUA concordaram em tomar medidas para impedir que armas migrem para seu país. O diálogo entre ambos as nações, disse a mexicana, se concentrará em “segurança e comércio”. Dessa forma, as tarifas de 25% que deveriam começar nesta terça-feira (4/2) estão pausadas por um mês a partir desta segunda.
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Logo depois do anúncio de Sheibaum, Trump se manifestou oficialmente e confirmou que seu governo adiará a imposição de tarifas ao México por um mês. Trump escreveu na Truth Social, a sua rede social:
“Acabei de falar com a presidente Claudia Sheinbaum, do México. Foi uma conversa muito amigável, na qual ela concordou em fornecer imediatamente 10 mil soldados mexicanos na fronteira que separa o México dos Estados Unidos. Esses soldados serão designados especificamente para interromper o fluxo de fentanil e migrantes ilegais para o nosso país”.
Entenda o caso
Na última quinta-feira (30/1), Trump anunciou que iria impor tarifas de 25% em importações vindas do México e Canadá, e de 10% sobre produtos importados da China.
O anúncio de Trump mexeu no mercado internacional, com o dólar canadense e o peso mexicano despencando, respectivamente, 0.60% e 0.48% em relação à moeda norte-americana.
Porém, os países em questão reagiram. O Canadá já anunciou a imposição de tarifas de 25% à produtos exportados dos EUA para o país. O México também afirmou que estuda medidas tarifárias e não tarifárias para defender seus interesses. Já a China disse que as tarifas americanas violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que vai recorrer à autoridade.
Com informações de Metrópoles.