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Polêmica: Israel orienta soldados a não viajarem ao exterior após militar quase ser preso no Brasil

Segundo jornal israelense, governo estaria desenvolvendo plano para proteger militares no exterior, após polêmica com soldado no Brasil.

As Forças de Defesa Israelenses (IDF, por sua sigla em inglês) alertaram seus militares a evitar viagens ao exterior após dois soldados, de férias na América do Sul, tornarem-se alvo de investigação no Brasil e no Chile por crimes de guerra na Faixa de Gaza.

Segundo o jornal israelense Haaretz, citando um relatório das Forças Armadas, cerca de 30 soldados foram alertados pelas IDF.

A polêmica começou nos últimos dias, quando o militar Yuval Vagdani, de 21 anos, saiu do Brasil no último domingo (5/1). Ele estava passando férias no país, quando a Justiça do Distrito Federal acolheu pedido de advogados brasileiros representando uma organização, e determinou que a Polícia Federal abrisse uma investigação contra ele por supostos crimes de guerra.

A ação movida no Brasil partiu de uma investigação feita pela Fundação Hind Rajab (HRF, na sigla em inglês), uma ONG pró-Palestina com sede em Bruxelas que se dedica a documentar e denunciar crimes de guerra no conflito em Gaza. O grupo já apresentou acusações similares em países como Argentina, Chipre, França e Sri Lanka, além de provocar o Tribunal Penal Internacional (TPI).

Segundo a HRF, posts nas redes sociais do soldado comprovariam os crimes. Há dois meses, Vagdani, enquanto estava em serviço na Faixa de Gaza, postou imagens de prédios em ruínas no Corredor de Netzarim em seu perfil privado no Instagram, com uma frase de efeito: “Que possamos continuar destruindo e esmagando este lugar imundo sem pausa, até os seus alicerces”. A HRF afirmou que ele atuou em demolições de residências e espaços destinados a espaços palestinos, e que teria documentado sua participação “de forma debochada”.

Publicação de soldado israelense que deixou o Brasil foi um dos pilares de denúncia apresentada à Justiça federal (Foto: Reprodução).

Vagdani deixou o Brasil no domingo. Em nota, a embaixada de Israel confirmou ter ajudado o soldado a deixar o país. A rádio oficial do exército israelense também informou que o governo de Tel Aviv acompanhou todo o trajeto para saída do militar do país.


Leia mais:

VÍDEO: Ataque israelense mata cinco jornalistas em Gaza, afirmam autoridades

Israel diz que Lula é “persona non grata” até se retratar por fala sobre Hitler


A repercussão

Em um comunicado, a HRF condenou a fuga do soldado, acusando Israel de orquestrar sua partida para obstruir a justiça.

Haaretz também noticiou que o governo israelense está preparando um plano para ajudar a evacuar soldados da reserva no caso de sua prisão em países estrangeiros, além de agir na contratação de advogados nos respectivos países para facilitar o processo.

Em carta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ministro de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo de Israel, Amichai Chikli, classificou a HRF como “apoiadora descarada” do terrorismo.

Chikli afirmou ainda que, com a decisão, a Justiça brasileira e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoiam “indivíduos com ações extremistas”, em uma ação que representa uma “vergonha para o governo brasileiro”.

Ainda segundo o Haaretz, a decisão judicial no Brasil teria provocado pânico em Israel, que estaria desenvolvendo o referido plano para proteger seus soldados no exterior.

*Com informações de O Globo, BBC e Opera Mundi

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As Forças de Defesa Israelenses (IDF, por sua sigla em inglês) alertaram seus militares a evitar viagens ao exterior após dois soldados, de férias na América do Sul, tornarem-se alvo de investigação no Brasil e no Chile por crimes de guerra na Faixa de Gaza.

Segundo o jornal israelense Haaretz, citando um relatório das Forças Armadas, cerca de 30 soldados foram alertados pelas IDF.

A polêmica começou nos últimos dias, quando o militar Yuval Vagdani, de 21 anos, saiu do Brasil no último domingo (5/1). Ele estava passando férias no país, quando a Justiça do Distrito Federal acolheu pedido de advogados brasileiros representando uma organização, e determinou que a Polícia Federal abrisse uma investigação contra ele por supostos crimes de guerra.

A ação movida no Brasil partiu de uma investigação feita pela Fundação Hind Rajab (HRF, na sigla em inglês), uma ONG pró-Palestina com sede em Bruxelas que se dedica a documentar e denunciar crimes de guerra no conflito em Gaza. O grupo já apresentou acusações similares em países como Argentina, Chipre, França e Sri Lanka, além de provocar o Tribunal Penal Internacional (TPI).

Segundo a HRF, posts nas redes sociais do soldado comprovariam os crimes. Há dois meses, Vagdani, enquanto estava em serviço na Faixa de Gaza, postou imagens de prédios em ruínas no Corredor de Netzarim em seu perfil privado no Instagram, com uma frase de efeito: “Que possamos continuar destruindo e esmagando este lugar imundo sem pausa, até os seus alicerces”. A HRF afirmou que ele atuou em demolições de residências e espaços destinados a espaços palestinos, e que teria documentado sua participação “de forma debochada”.

Publicação de soldado israelense que deixou o Brasil foi um dos pilares de denúncia apresentada à Justiça federal (Foto: Reprodução).

Vagdani deixou o Brasil no domingo. Em nota, a embaixada de Israel confirmou ter ajudado o soldado a deixar o país. A rádio oficial do exército israelense também informou que o governo de Tel Aviv acompanhou todo o trajeto para saída do militar do país.


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Em um comunicado, a HRF condenou a fuga do soldado, acusando Israel de orquestrar sua partida para obstruir a justiça.

Haaretz também noticiou que o governo israelense está preparando um plano para ajudar a evacuar soldados da reserva no caso de sua prisão em países estrangeiros, além de agir na contratação de advogados nos respectivos países para facilitar o processo.

Em carta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ministro de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo de Israel, Amichai Chikli, classificou a HRF como “apoiadora descarada” do terrorismo.

Chikli afirmou ainda que, com a decisão, a Justiça brasileira e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoiam “indivíduos com ações extremistas”, em uma ação que representa uma “vergonha para o governo brasileiro”.

Ainda segundo o Haaretz, a decisão judicial no Brasil teria provocado pânico em Israel, que estaria desenvolvendo o referido plano para proteger seus soldados no exterior.

*Com informações de O Globo, BBC e Opera Mundi

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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