Nesta quinta-feira (8/5) a comunidade cristã conheceu o mais novo líder da igreja católica. Robert Francis Prevost, o papa Leão XIV, foi eleito como substituto do papa Francisco, falecido em 21 de abril.
Leão XIV é o primeiro pontífice norte-americano a ocupar o cargo mais alto da Igreja Católica. Com o novo papa eleito, fica a dúvida; será que Leão XIV vai dar seguimento ao papado progressista de Francisco? Eu seu primeiro discurso, Leão XIV usou a palavra sinodal, que significa continuidade.
O termo foi interpretado como uma mensagem de prosseguimento das reformas progressistas de seu antecessor, ainda que, a grosso modo, o novo papa evitou falar abertamente de temas polêmicos durante sua apresentação.
A jornalista Ilze Scamparini, em declaração dada à Rede Globo, disse que Prevost “é muito aberto em relação às comunidades gays e tudo aquilo que foi motivo de reforma para Francisco”.
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Embora, num primeiro momento, Leão XIV aparente mantém uma postura semelhante a de Francisco, declarações do passado mostram que o novo papa possui uma postura mais conservadora e pouco favorável às questões que dizem respeito a comunidade LGBTQIAPN+.
Em 2012, durante um discurso a bispos, Prevost criticou a mídia e a cultura popular por promover o que chamou de “simpatia por crenças e práticas em desacordo com o evangelho”, citando diretamente o “estilo de vida homossexual” e “famílias alternativas compostas por parceiros do mesmo sexo e seus filhos adotivos”.
Enquanto atuava como bispo em Chiclayo, Prevost se manifestou contra políticas públicas de educação sexual inclusiva. Em declarações à imprensa peruana, rejeitou a inclusão de temas de gênero nas escolas, alegando que “a promoção da ideologia de gênero é confusa, porque busca criar gêneros que não existem”.
Resta agora aguardar os próximos passos do recém-eleito Leão XIV e descobrir se seu posicionamento como pontífice vai seguir os posicionamentos de Francisco, ou se deve adotar a postura mais conservadora de anos atrás.