O Papa Francisco, de 88 anos, recebeu alta hospitalar neste domingo (23/03) após 37 dias internado no Hospital Gemelli, em Roma, devido a uma pneumonia bilateral. Esta foi a internação mais longa do pontífice desde que assumiu o papado em 2013.
O líder da Igreja Católica deu entrada no hospital em 14 de fevereiro, inicialmente com suspeita de bronquite. No entanto, exames confirmaram que ele apresentava um quadro “complexo” de pneumonia bilateral, com comprometimento dos dois pulmões.
Durante a internação, o papa chegou a enfrentar momentos de risco de vida, mas, apesar da gravidade, permaneceu consciente e orientado durante todo o tratamento.

Neste domingo, ao deixar o hospital, Francisco apareceu na sacada do Hospital Gemelli e, com certa dificuldade, agradeceu aos fiéis e à equipe médica: “Obrigado a todos”.
Os médicos informaram que o pontífice estava ansioso para sair e demonstrou satisfação com a alta.
““O papa foi um paciente exemplar. Ouviu nossas sugestões. Então, concordamos (com a alta) quando achamos que era o momento certo, e o Santo Padre concordou”, declarou o Dr. Sergio Alfieri, responsável pelo seu tratamento.
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A internação do papa Francisco
Ao longo dos 37 dias de internação, a saúde do papa passou por momentos delicados. Em 18 de fevereiro, foi confirmado que ele sofria de pneumonia bilateral agravada por bronquiectasia e bronquite asmática.
No dia 22 de fevereiro, uma crise respiratória asmática prolongada exigiu oxigênio de alto fluxo e transfusões de sangue.
Em 28 de fevereiro, Francisco inalou vômito, sofrendo broncoespasmo e comprometendo sua função respiratória. Esse episódio exigiu um procedimento de broncoaspiração e ventilação mecânica não invasiva.

Já em 3 de março, o papa teve dois episódios de insuficiência respiratória aguda devido ao acúmulo de muco nos brônquios.
Apesar das complicações, sua saúde se estabilizou gradativamente. No dia 13 de março, ao completar 12 anos de pontificado, Francisco celebrou a data no hospital com a equipe médica, que levou um bolo ao seu quarto.
Cuidados pós-alta e recomendações médicas
Apesar da alta, o pontífice seguirá sob cuidados especiais e não poderá frequentar ambientes com muitas pessoas. A recomendação é que ele permaneça em repouso por pelo menos dois meses para evitar novas complicações respiratórias.
*Com informações de Metrópoles