Ao retornar de uma viagem à Bélgica, o Papa Francisco concedeu uma entrevista a jornalistas a bordo do avião neste domingo (29/9). O papa falou sobre a escalada do conflito no Oriente Médio, e os recentes bombardeios de Israel no Líbano, com o objetivo de eliminar o grupo Hezbollah.
O pontífice disse:
“Um país que usa a força para agir desta forma, seja qual for o país, que age de forma tão excessiva, (presta-se a) ações imorais”.
“A defesa deve ser sempre proporcional ao ataque. Quando não é assim, surge uma tendência dominante que vai além da moralidade.
Mesmo na guerra, há uma moral a defender. A guerra é imoral, mas as regras da guerra indicam uma forma de moralidade”.
Neste domingo, Israel voltou a fazer novos bombardeios contra o Hezbollah no vizinho Líbano neste domingo, dois dias depois de matar seu líder, Hassan Nasrallah.
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O papa também foi perguntado sobre a questão do aborto, e comparou os médicos que realizam procedimentos abortivos a “sicários”, comparando-os com o termo que designa os assassinos pagos que servem aos cartéis mexicanos do tráfico de drogas. Ele disse:
“As mulheres têm direito à vida, à sua vida e à vida dos seus filhos. No entanto, aborto é assassinato, se mata um ser humano e os médicos que fazem isso são, me permitam a palavra, sicários. E não se pode discutir sobre isso”.
O pontífice, no entanto, fez uma distinção no tocante a métodos contraceptivos, mostrando uma abertura a eles. Ele disse:
“Outra coisa são os métodos contraceptivos. Eles são outra coisa. Não se confunda”.
Com informações de UOL.