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Potências rejeitam proposta de Trump de ocupar Gaza; ONU diz que medida é ilegal

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na terça (4/2), junto com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, um plano para que os EUA assumam o controle da Faixa de Gaza, o território palestino que foi praticamente destruído na recente guerra entre as forças israelenses e Hamas. Já nesta quarta (5), as potências do mundo já começaram a reagir.

Na França, porta-voz do governo do presidente Emmanuel Macron afirmou: “A França reitera sua oposição a qualquer deslocamento forçado da população palestina de Gaza, o que constituiria uma grave violação do direito internacional, um ataque às legítimas aspirações dos palestinos, mas também um grande obstáculo à solução de dois Estados e um grande fator de desestabilização para nossos parceiros próximos, Egito e Jordânia, bem como para toda a região”.

No Reino Unido, tradicional aliado americano, a reação foi de rejeitar imediatamente a noção. “Precisamos ver os palestinos capazes de viver e prosperar em suas terras natais em Gaza e na Cisjordânia. É a isso que queremos chegar”, disse David Lammy, chefe da diplomacia britânica, em uma coletiva de imprensa em Kiev, capital da Ucrânia. Horas depois, o primeiro-ministro Keir Starmer defendeu que os palestinos “devem ter permissão para voltar para casa”.

A China alertou que irá se opor à “transferência forçada” de palestinos da Faixa de Gaza. “A China sempre defendeu que o governo palestino sobre os palestinos é o princípio básico da governança de Gaza no pós-guerra, e nos opomos à transferência forçada dos residentes de Gaza”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian.

Na Rússia, Vladimir Putin rejeitou a iniciativa. A Rússia acredita que um acordo no Oriente Médio só é possível com base em uma solução de dois Estados, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.


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A ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que qualquer plano para esvaziar Gaza de palestinos e tomar o território é ilegal e fere o direito internacional humanitário.

“O direito à autodeterminação é um princípio fundamental do direito internacional e deve ser protegido por todos os Estados, como a Corte Internacional de Justiça recentemente enfatizou. Qualquer transferência forçada ou deportação de pessoas do território ocupado é estritamente proibida”, disse o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, em um comunicado.

Apesar de declarar a ilegalidade da proposta, a ONU tem poderes limitados para impedir uma eventual ocupação, devido às suas próprias regras. O governo americano tem o poder de veto e, portanto, o Conselho de Segurança será incapaz de colocar qualquer tipo de sanção contra Trump, mesmo que haja um acordo entre todos os demais países.

O alerta da ONU ocorre no momento em que a comunidade se organiza para que, em meados do ano, uma conferência internacional seja convocada para estabelecer um Estado palestino. Ela deverá ocorrer em junho, em Nova York, e visa tentar estabelecer a solução de dois estados, um israelense e um palestino, com fronteiras internacionais reconhecidas.

Entenda o caso

O anúncio de Trump, ao lado de Netanyahu, chocou o mundo. Desde 19 de janeiro, um acordo de cessar-fogo de três fases entrou em vigor entre Israel e Hamas, que tem permitido a libertação de reféns e de prisioneiros palestinos.

Trump ao lado de primeiro-ministro israelense, Netanyahu, na Casa Branca (Foto: Getty Images).

Sem dar maiores detalhes, Trump falou em “ocupação a longo prazo” para levar estabilidade ao enclave palestino. O americano disse:

“Os EUA vão assumir o controle da Faixa de Gaza, e faremos um trabalho lá também. Seremos responsáveis por desmontar todas as bombas não detonadas e outras armas no local, nivelar a área, remover os edifícios destruídos, criar um desenvolvimento econômico que fornecerá um número ilimitado de empregos e moradias para a população da região”.

Após a polêmica fala de Trump, Netanyahu classificou a declaração do líder norte-americano como uma “ideia diferente” e disse que “vale a pena” levar em consideração os planos dos EUA para Gaza.

*Com informações de UOL e Metrópoles

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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