Com a confirmação da Comissão Nacional de Saúde da China do aumento em doenças respiratórias, inclusive o agrupamento de casos de pneumonia entre crianças, a Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou que autoridades chinesas esclareçam a situação da enfermidade no país, emitindo comunicado nesta quarta-feira (22/11).
“As autoridades chinesas atribuíram esse aumento à suspensão das restrições da Covid-19 e à circulação de patógenos conhecidos, como influenza, pneumonia por Mycoplasma pneumoniae (uma infecção bacteriana comum que afeta tipicamente crianças mais jovens), vírus sincicial respiratório (VSR) e Sars-CoV-2 (o vírus que causa a Covid-19)”, afirmou a OMS.
A organização também mencionou, em seu comunicado, que há ocorrência de agrupamentos de casos de pneumonia pediátrica não diagnosticada no norte do país, mas não está claro se esses casos estão relacionados às infecções respiratórias.
Leia mais:
Diretor do maior hospital de Gaza é preso por Israel
VÍDEO: Conheça o pepino-do-mar-abacaxi, espécie típica da Ásia
VÍDEO: Polícia dos EUA procura 17 criminosos por furto em loja da Nike
De acordo com o relatório do Programa de Monitoramento de Doenças Emergentes da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas, conhecido como ProMED, o surto generalizado da doença respiratória ainda não foi diagnosticado em várias áreas da China.
“Não está claro quando esse surto começou, pois seria incomum tantas crianças serem afetadas tão rapidamente”, mas os relatos de doença predominantemente em crianças sugerem “alguma exposição nas escolas”, diz o documento.
Como o relatório não menciona que adultos foram afetados, o ProMED afirma aguardar melhores informações sobre a extensão do problema, mas que é muito cedo para fazer projeções ou especulações.
A OMS afirma ter solicitado à China informações epidemiológicas e clínicas, resultados laboratoriais desses casos, detalhes sobre as tendências na circulação de patógenos e o impacto nos sistemas de saúde.
Covid Zero
A China, durante a pandemia do Covid-19, foi um dos países que implantou medidas de proteção rígidas para população, no intuito de conter o avanço da doença.
Com a suspensão das medidas de controle e de lockdown, a abertura das fronteiras nacionais, retomada do trabalho e retorno de atividade normal no mundo, o país ficou isolado com as regras que foram flexibilizadas em dezembro de 2022.
Essas medidas anti-Covid também limitam a propagação de germes mais comuns, o que, segundo especialistas, cria uma “lacuna de imunidade” que pode tornar as pessoas mais vulneráveis a infecções quando deixam de tomar tais precauções.
A OMS aconselha que as pessoas na China tomem medidas de precaução para reduzir o risco de doenças respiratórias, incluindo a obtenção das vacinas recomendadas, ficar em casa quando estiverem doentes, usar máscaras na presença de outras pessoas e lavar as mãos regularmente.
*com informações CNN Brasil