O novo primeiro-ministro britânico, o trabalhista Keir Starmer, confirmou neste sábado (6/07) a sua intenção de abandonar o plano do governo conservador anterior de expulsar migrantes em situação irregular para Ruanda.
O projeto “estava morto e enterrado antes mesmo de começar (…) Não estou disposto a continuar com medidas enganosas”, disse Starmer durante uma coletiva de imprensa organizada após o primeiro conselho de ministros do novo governo britânico.
Durante a campanha eleitoral, o líder trabalhista já havia anunciado a sua intenção de abandonar o projeto do governo anterior de fretar aviões para levar migrantes em situação irregular para Ruanda.
Starmer está determinado a lutar contra as máfias que apoiam estas chegadas.
O primeiro-ministro britânico anterior, Rishi Sunak, tentou implementar esta medida para impedir a chegada de migrantes em pequenas embarcações, atravessando o Canal da Mancha, que separa as costas da Inglaterra e da França.
Mas Sunak e seu antecessor também conservador, Boris Johnson, sempre enfrentaram resistência por parte de organizações de direitos humanos.
A imigração se tornou uma questão política importante no Reino Unido desde que este deixou a União Europeia (UE) em 2020.
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Para Starmer, um elemento-chave na política para impedir a chegada de pessoas através do Canal da Mancha seria a criação de um novo comando de segurança fronteiriça de elite, composto por especialistas em imigração, com a ajuda do serviço nacional de inteligência MI5.
Mais de 13 mil pessoas chegaram à Grã-Bretanha este ano atravessando o Canal da Mancha em pequenas embarcações, um aumento de 18% em comparação ao mesmo período do ano passado, informou o Ministério do Interior do Reino Unido em junho.
Em 2023, foram registradas 29.437 chegadas por esta rota, o que representou uma redução de 36% em relação ao recorde de 45.774 pessoas em 2022.