Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta (10/1) como presidente da Venezuela para o seu terceiro mandato consecutivo, em meio a desconfiança sobre vitória. Em seu primeiro discurso, ele falou em “garantir a paz e a soberania nacional”.
Maduro participou de sessão solene na sede da Assembleia Nacional em Caracas por volta das 11h50 (horário de Brasília). A cerimônia foi presidida pelo chavista Jorge Rodríguez e encerra o processo eleitoral, marcado pela falta de transparência e violência contra opositores.
Em seu discurso, ele afirmou:
“Ninguém impõe um presidente à Venezuela”.
A eleição presidencial na Venezuela aconteceu em julho de 2024. Até hoje as atas eleitorais com os resultados das eleições não foram divulgadas.
Maduro ficará no poder até 10 de janeiro de 2031, e já está há quase 12 anos na presidência.
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A repercussão
O Governo Lula enviou sua embaixadora em Caracas, Gilvania de Oliveira, para a cerimônia. O Brasil não rompeu relações com a Venezuela, mas não reconheceu a vitória de Maduro.
Já a oposição foi às ruas na quinta-feira (9) para protestar contra um novo mandato de Maduro. Eles afirmam que houve fraude nas eleições de 28 de julho e reivindicam a vitória de Edmundo González Urrutia, candidato opositor.
Os EUA disseram que novo mandato de Maduro é “farsa” e diz que vai impôr novas sanções ao país. E horas antes da posse, a Venezuela fechou sua fronteira com a Colômbia, denunciando uma “conspiração internacional”.
Maduro assume em meio a protestos da oposição e contestação de vários países, que acusam o governo de fraudar as eleições.
*Com informações de UOL