Durante uma audiência no Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira (7/05), o economista e blogueiro Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do último presidente da ditadura militar brasileira, João Figueiredo, recusou-se a responder a uma pergunta sobre o regime militar no Brasil. Eles discutiam a liberdade de expressão no Brasil.
O momento ocorreu quando a deputada democrata Sydney Kamlager-Dove, que representa o estado de Illinois, indagou a Figueiredo se ele repudiava a ditadura militar que governou o Brasil de 1979 a 1985. “Isso não tem nada a ver com o tema”, respondeu Figueiredo, desviando da pergunta.
Kamlager-Dove o rebateu: “É minha audiência. Eu posso perguntar isso. Sim ou não?”. O economista manteve sua posição, afirmando que o assunto não estava relacionado ao tema em discussão na audiência. O evento, intitulado “Brasil: uma crise de democracia, liberdade e Estado de Direito?”, foi impulsionado por republicanos e pela extrema-direita brasileira.
No Congresso dos EUA, jornalista brasileiro se recusa a responder se repudia a ditadura militar do Brasil.
Paulo Figueiredo foi questionado pela democrata Sydney Kamlager-Dove em audiência sobre a liberdade de expressão no Brasil.
(Tradução: @SamPancher) pic.twitter.com/6ntMOQj8wI
— Metrópoles (@Metropoles) May 7, 2024
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A audiência ganhou destaque a partir da campanha liderada pelo bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Participaram da sessão os deputados republicanos Chris Smith e Maria Elvira Salazar, além dos democratas Susan Wild, Joaquin Castro e Sydney Kamlager-Dove.
Além de Paulo Figueiredo, outros convidados estiveram presentes, incluindo o professor Fabio de Sa e Silva e o fundador da plataforma Rumble, Christopher Pavlovski.