A agência espacial dos Estados Unidos, a NASA, apresentou nesta quinta, 14, um relatório sobre OVNIs (objetos voadores não identificados), agora chamados por ela de “fenômenos aéreos não identificados” (UAPs, na sigla em inglês). O objetivo do documento é o de levantar possibilidades sobre como a agência pode contribuir cientificamente com a análise desses fenômenos.
O documento, de 36 páginas, estabelece um protocolo com regras e abordagem científica para o estudo futuro desses óvnis e não faz a análise de objetos previamente avistados.
Embora a NASA tenha admitido a existência dos fenômenos, de novo agência voltou a dizer que, atualmente, não há evidência de origem extraterrestre para explicá-los. Bill Nelson, diretor da agência que participou da apresentação do relatório ao vivo na internet, disse:
“A equipe de estudo independente da Nasa não encontrou nenhuma evidência de que os óvnis tenham origem extraterrestre, mas não sabemos o que são esses óvnis”.
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No entanto, ele não descartou que evidências venham a surgir no futuro:
“Está em nosso DNA explorar e perguntar por que as coisas são como são. (…) E há muito mais para aprendermos”.
Mesmo assim, a agência admitiu que há poucos dados para se verificar a respeito desses fenômenos, e citou que a escassez de dados compromete a análise. David Spergel, presidente da equipe independente que produziu o estudo encomendado pela Nasa, afirmou:
“Nós sabemos que há dados faltando. Para suas análises em outras áreas, a Nasa sempre usa uma abordagem científica e boa parte dos eventos de OVNIs não apresentam essa qualidade nos dados.
O trabalho mostrou que boa parte dos eventos foram identificados como aviões, balões e drones. Na análise de anomalias, o primeiro passo é eliminar a possibilidade de ser um evento convencional antes de seguir em frente e identificar novos fenômenos”.
Veja os principais pontos do relatório:
- A Nasa pode contribuir nos estudos sobre os chamados Fenômenos Anômalos Não Identificados (UAPs) com base em evidências e dados.
- No entanto, a falta de dados confiáveis é um dos principais desafios enfrentados pela agência na compreensão da origem desses objetos.
- A agência pretende melhorar a coleta de dados por meio de imagens de satélites, inteligência artificial e crowdsourcing (processo coletivo).
- No momento, não há evidências de que os UAPs tenham origem extraterrestre.
- Porém, os UAPs seguem como um tema de interesse para a segurança nacional e a segurança aérea dos Estados Unidos. Um dos temores do governo americano é que esses objetos sejam, na verdade, de algum rival militar, como China e Rússia.
Nelson chegou a afirmar que “a ameaça é evidente”, por isso a agência continuará investigando.