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Na ONU, Rússia veta resolução de EUA e Japão que proíbe uso de armas nucleares no espaço

A Rússia vetou uma resolução de autoria dos EUA e do Japão no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), na quarta-feira (24/4), que propunha a proibição do uso de armas nucleares no espaço.

O projeto foi apresentado em meio às alegações dos Estados Unidos de que Moscou estaria tentando desenvolver um dispositivo capaz de destruir satélites. O texto recebeu 13 votos favoráveis, uma abstenção da China e, por fim, o veto russo.

A resolução falava em “reforçar e apoiar o regime global de não proliferação, inclusive no espaço extra-atmosférico, e reafirmar o objetivo compartilhado de sua manutenção para fins pacíficos”.

Além disso, reiterava o compromisso dos 115 Estados-membros do Tratado do Espaço Sideral – incluindo todos os integrantes permanentes do Conselho de Segurança – “de não posicionar em órbita terrestre qualquer objeto que transporte armas nucleares ou outras armas de destruição em massa”.


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De acordo com o representante permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, o projeto apresentado por Washington se tratou de um “espetáculo sujo” e uma “manobra cínica”. Sobre o rechaço, explicou que os Estados Unidos entram em contradição quando evitam mencionar sua responsabilidade nos bombardeios atômicos das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, e falam sobre as trágicas consequências dos mesmos.

“A propósito, meu colega americano nos contou sobre sua viagem ao Japão e sua visita a Nagasaki e as terríveis consequências do bombardeio nuclear. Posso perguntar se você poderia esclarecer para nós quem realizou esse bombardeio nuclear pela única vez na história da humanidade?”, afirmou o diplomata russo durante a reunião.

Nebenzia também lançou o mesmo questionamento ao representante do Japão, apontando que, em nenhum momento, o país asiático mencionou a nação responsável pelo episódio trágico em suas cidades.

Para o diplomata russo, a apresentação do projeto EUA-Japão tem como objetivo difamar Moscou e, ao contrário de seu discurso, continuar com os planos de militarização do espaço.

“Gostaria de reiterar para que fique registrado que estamos prontos para concluir amanhã um acordo internacional juridicamente vinculativo que contenha a proibição total da implantação de qualquer tipo de armas no espaço exterior, não apenas armas de destruição maciça, que já são proibidas pelo Tratado do Espaço Exterior”, concluiu Nebenzia.

 

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