Museu do Louvre reabre após roubo e França debate falhas de segurança

Museu do Louvre (Foto: Getty Images).
O Museu do Louvre, em Paris, foi reaberto nesta quarta-feira (22/10), três dias depois que ladrões fugiram com joias históricas no valor estimado de 88 milhões de euros (550 milhões de reais). O roubo espetacular levantou questionamentos sobre as falhas de segurança do museu, que é o mais visitado do mundo.
Os visitantes fizeram fila para entrar pela pirâmide de vidro do Louvre pela primeira vez desde o roubo de domingo, no qual assaltantes encapuzados arrombaram uma janela do segundo andar usando um elevador exterior roubado antes de fugirem com as joias da coleção real.
A Galerie d’Apollon, o salão dourado e ornamentado que foi roubado, permanece fechado.
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Nesta quarta, a diretora do Louvre, que não se pronunciou em público desde domingo, irá ao Senado francês para dar explicações sobre o roubo.
Laurence des Cars falará à Comissão de Cultura do Senado e responderá aos questionamentos da ministra da Cultura, Rachida Dati. Em maio de 2021, Cars se tornou a primeira mulher a chefiar o Louvre, uma instituição de renome mundial que recebeu 9 milhões de visitantes em 2024, 80% deles estrangeiros.
Desde o ocorrido, o ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, disse que houve claramente falhas de segurança e que a ministra da Cultura, Rachida Dati, abriu um inquérito administrativo.
“Houve um roubo no Louvre, algumas das joias mais preciosas da França foram roubadas. Então, obviamente, é uma falha, não há mais nada que eu possa dizer. O sistema de alarme funcionou perfeitamente, assim que a janela foi atacada, ele foi ativado. A polícia foi notificada e, em três minutos, estava no local. Todo o sistema funcionou, não falhou, mas o que aconteceu, aconteceu”, disse Nuñez à rádio Europe 1.
Entre as oito joias roubadas pelos ladrões, estavam a tiara da imperatriz Eugênia (esposa de Napoleão III), com quase 2.000 diamantes, e o colar de safiras de Maria Amélia (esposa do rei Luís Filipe I) e Hortênsia de Beauharnais (mãe de Napoleão III). O prejuízo é estimado em € 88 milhões (R$ 550 milhões), sem contar a perda patrimonial histórica, de valor inestimável, apontou a promotora de Paris, Laure Beccuau, à emissora RTL.
*Com informações de Agência Brasil e Metrópoles
