Takashi Morita, de 100 anos, morreu nesta terça-feira (13/08). Ele que era soldado sobrevivente da Bomba de Hiroshima e estava internado no Hospital Japonês Santa Cruz, localizado no centro de São Paulo, no Brasil.
Conforme informações, Takashi Morita estava vivendo na cidade de São Paulo desde 1956, com mulher e dois filhos. Em março deste ano, prestes a completar 100 anos, ele foi homenageado pela Etec Santo Amaro, que, em 2019, foi batizada com seu nome. A recepção contou com a presença de toda a comunidade escolar e de figuras públicas, como o cônsul-geral do Japão, Shimizu Toru.
Na época da bomba atômica, Morita era policial militar e sobreviveu a uma explosão que matou, instantaneamente, entre 60 mil e 80 mil pessoas. Morita se mudou do Japão para o Brasil aos 31 anos, mas foi só aos 60 que ele se tornou um ativista pela paz. Ele fundou a Associação de Sobreviventes da Bomba Atômica e começou a percorrer o país.
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Em 2017, lançou o livro “A Última Mensagem de Hiroshima: O que Vi e Como Sobrevivi à Bomba Atômica”. A edição é repleta de fotos que só ficaram intactas porque Morita as deixou em Tóquio, quando fez sua preparação para ser soldado da Guarda Imperial.
Em nota de pesar, a Escola Técnica Estadual (Etec) de Santo Amaro lamentou a morte.
“Seu testemunho de vida foi um poderoso lembrete dos horrores da guerra e um incansável apelo pela paz”, declarou.
*Com informações da CNN