Marco Rubio critica Brasil após condenação de Bolsonaro; Itamaraty responde

(Foto: AARON SCHWARTZ/EFE/EPA)
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, criticou o Brasil após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que o governo americano dará “resposta à altura” à decisão.
Em postagem no X, Rubio acusou o ministro Alexandre de Moraes de perseguição política e repetiu o posicionamento do presidente Donald Trump, classificando o processo como uma “caça às bruxas”.
.@SecRubio: As perseguições políticas conduzidas pelo sancionado violador de direitos humanos Alexandre de Moraes continuam, uma vez que ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiram injustamente pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os Estados… https://t.co/AtNfMHI0iT
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) September 11, 2025
O Itamaraty respondeu que críticas externas “não intimidarão” a democracia brasileira. “O Poder Judiciário julgou, com independência, os primeiros acusados pela tentativa de golpe de Estado, garantindo amplo direito de defesa. As instituições democráticas deram sua resposta ao golpismo”, afirmou a pasta.
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O ministério acrescentou que “continuaremos a defender a soberania do País de agressões e tentativas de interferência, venham de onde vierem”.
O Poder Judiciário brasileiro julgou, com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988, os primeiros acusados pela frustrada tentativa de golpe de Estado, que tiveram amplo direito de defesa. As instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo.
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) September 11, 2025
Ameaças como a feita hoje pelo Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia.
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) September 11, 2025
Desde julho, Trump já havia criticado o Brasil e anunciado tarifas e sanções contra membros do STF. O ex-presidente americano também comparou o caso de Bolsonaro ao processo que enfrentou após os atos de 6 de janeiro de 2021, em Washington.
