Mais de mil pessoas já morreram este ano durante a grande peregrinação anual à Meca, que está acontecendo nesta semana sob um calor sufocante, segundo um balanço atualizado pela AFP nesta quinta-feira (20/6). Mais da metade dos mortos eram peregrinos não registrados.
O balanço atualizado inclui mais 58 egípcios, o que eleva a 658 o número de peregrinos desta nacionalidade que faleceram durante o hajj na Arábia Saudita. Destes, 630 estavam em situação irregular no reino.
Anualmente, a Arábia Saudita distribui um determinado número de vistos por país, com base em um sistema de cotas, para a peregrinação, que atrai milhares de muçulmanos a Meca. Porém, todos os anos dezenas de milhares de pessoas viajam ao reino por canais irregulares, porque não têm dinheiro suficiente para pagar os custos dos trâmites oficiais.
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Além do Egito, também morreram peregrinos da Malásia, Paquistão, Índia, Jordânia, Indonésia, Irã, Senegal, Tunísia e do Curdistão iraquiano. E há várias pessoas contabilizadas como desaparecidas.
A ida à Meca é um dos cinco pilares do islamismo, e de acordo com a fé do Islã, todo muçulmano com recursos suficientes deve comparecer ao menos uma vez.
O hajj, como é chamada a peregrinação, tem a data determinada pelo calendário lunar islâmico, e este aconteceu este ano a poucos dias do início do sufocante verão saudita. O centro nacional meteorológico informou esta semana que o termômetro chegou a atingir a temperatura de 51,8ºC na Grande Mesquita de Meca, a cidade sagrada onde o profeta Maomé iniciou a sua pregação.
Este ano, as autoridades sauditas receberam 1,8 milhão de peregrinos autorizados.
*Com informações de UOL