O maior contrabandista de armas da América Latina, Diego Hernan Dirísio, foi preso no começo da tarde desta sexta-feira (02/02) em Buenos Aires, na Argentina. Dirísio foi preso junto com sua esposa, Julieta Nardi Aranda, que também era fugitiva da Justiça paraguaia desde o fim de 2023.
O traficante comandava esquema de tráfico do Paraguai, mas é cidadão argentino. A prisão foi feita pela Interpol e comunicada ao superintendente da Polícia Federal (PF) na Bahia, delegado Flávio Albergaria. É dele a investigação que desvendou o esquema de tráfico internacional de armas que abastecia facções criminosas aqui no Brasil.
Segundo a direção de cooperação policial internacional, a prisão do casal ocorreu como resultado de diligências investigativas intensas e do intercâmbio fluído de informações com a polícia brasileira e também argentina. A diligência que resultou na prisão foi em resposta à denúncia anônima apresentada à Divisão de Denúncia de Crimes Federais há alguns dias.
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Dirísio é o principal alvo de uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do país, Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho, movimentando R$ 1,2 bilhão.
Pesa contra ele e a mulher pedido de extradição para responderem presos ao processo criminal no Paraguai. Dirísio realizava a venda das armas por meio de sua empresa IAS, com sede no Paraguai.
“Ele é o dono da empresa, que coordena todas as atuações da empresa, fazia as tratativas diretas para a venda e revenda com ciência de que essas armas deveriam ser raspadas e destinadas ao crime organizado. Isso foi provado na investigação e essa foi a maior dificuldade no início da operação”, disse o delegado Flávio Albergaria.