O presidente da França, Emmanuel Macron, chega ao Brasil na próxima terça-feira (26/03). A viagem, de 3 dias, inclui passagens por Belém, Brasília, São Paulo e Itaguaí, no litoral do Rio de Janeiro. É a primeira visita bilateral a um país da América Latina, desde que Macron assumiu a presidência, em 2017.
Em seu segundo dia de visita ao Brasil, Macron pretende dar um passeio, a pé, pela Avenida Paulista. Após participar de um jantar com personalidades brasileiras, entre artistas e intelectuais, Macron caminhará do restaurante até o hotel onde ficará hospedado.
A visita ao Brasil terá pautas em quatro eixos: ambiental, defesa, econômico e político.
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Eixo ambiental
Macron chegará a Belém (PA) — capital que vai sediar, em 2025, a Conferência Mundial sobre o Clima (COP30) — e será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com uma agenda restrita a temas ligados ao meio ambiente e Amazônia, Macron e Lula terão uma reunião bilateral em um navio.
Eixo de defesa
À noite, em voos separados, os dois presidentes vão para o Rio. Na manhã de quarta-feira, eles irão juntos, de helicóptero, até Itaguaí, para o lançamento do terceiro submarino produzido em parceria entre os dois países. A embarcação será inaugurada pela primeira-dama Janja Lula da Silva.
Eixo econômico
Em São Paulo, com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o líder francês participará de uma reunião com empresários para atrair mais investimentos franceses, um dos grandes objetivos é aumentar as exportações brasileiras para a França. Ano passado, a balança de comércio bilateral registrou um déficit de US$ 2,6 bilhões.
Macron fará um discurso voltado aos empresários. Em seguida, vai inaugurar o Instituto Pasteur, na USP.
Eixo político
Na quinta-feira, Emmanuel Macron será recebido por Lula com honras de chefe de Estado, no Palácio do Planalto. Há 30 atos em negociação e a expectativa é que os presidentes assinem em torno de 15 documentos, entre memorandos de entendimento e protocolos de intenções. Um deles é o relançamento da parceria estratégica entre Brasil e França.
Um assunto delicado que deve entrar na conversa é a resistência da França em aprovar o acordo de livre comércio e União Europeia.
Após a reunião no Palácio do Planalto — seguida pela assinatura de atos e uma declaração à imprensa — Macron será homenageado com um almoço no Itamaraty. Depois, na parte da tarde, o presidente da França visitará, no Congresso, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).