Luigi Mangione, acusado de ser o assassino do CEO da seguradora de saúde UnitedHealth, Brian Thompson, se declarou inocente das acusações de assassinato e terrorismo nesta segunda-feira (23/12). A declaração foi feita numa audiência de uma investigação estadual, que correrá paralelamente ao processo federal sobre o caso.
Mangione, de 26 anos, chegou algemado ao tribunal, em Manhattan. Com relação às acusações estaduais, a sentença máxima é de prisão perpétua sem liberdade condicional. Já na esfera federal, ele poderá ser condenado à morte.
O promotor público de Manhattan o acusou formalmente na semana passada de crimes como assassinato como ato de terrorismo.
Agora, Mangione enfrentará uma acusações de homicídio de primeiro grau e duas outras de homicídio de segundo grau.
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Entenda o caso
O crime foi cometido no último dia 4: Brian Thompson, o CEO, foi morto a tiros em Manhattan, no centro de Nova York, em frente a um hotel. O suspeito fugiu e a polícia de Nova York mobilizou uma caçada em busca dele. Mangione foi preso no dia 9.
A UnitedHealth Group faturou US$ 100 bilhões no terceiro trimestre de 2024. A UnitedHealthcare, administrada pela vítima, é um braço da companhia que administra produtos de saúde, como Medicare e Medicaid, para pessoas idosas e de baixa renda, financiados pelos orçamentos estatais. Segundo informações, a empresa é a que mais nega pedidos de pacientes para cobertura de cirurgias e tratamentos. Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que não possui sistema universal de saúde, e o atendimento é baseado em planos privados.
Mangione, 26, era egresso de uma universidade prestigiada nos EUA, a Penn State, e sofria de dores crônicas nas costas que afetavam sua vida diária, de acordo com amigos e postagens nas redes sociais. Ele não era cliente da UnitedHealthcare.
Mangione nasceu numa família rica. Em posts nas redes sociais, ele manifestou admiração pelo terrorista Ted Kaczynski (1942-2023), o Unabomber, um dos mais famosos serial-killers dos EUA. Ele também fazia críticas às empresas de seguro de saúde.
Após o assassinato, internautas criaram uma vaquinha virtual para ajudar na defesa dele, alegando que ele é um “preso político”.
Mangione teria usado uma arma criada em impressora 3D para matar o CEO.
*Com informações de G1