Alvo de polêmica desde a última segunda-feira, dia 8, a operação do FBI que fez buscas na residência do ex-presidente norte americano Donald Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, ganhou um novo capítulo hoje. O secretário de Justiça dos EUA, Merritt Garland, pediu a tribunal federal autorização para revelar os termos do mandado que motivou a busca e apreensão na casa de Trump, bem como o inventário do material recolhido por agentes do FBI, e a justiça aquiesceu.
Nunca na história dos EUA a residência particular de um ex-presidente foi invadida e revistada.
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Desde o ocorrido, Trump e seus apoiadores têm usado a operação para achincalhar o FBI, insinuando que a busca foi anti-americana e que os agentes teriam plantado evidências. O jornal Washington Post disse em reportagem que os agentes buscavam documentos relacionados a armas nucleares na residência, que teriam sido levados pelo ex-presidente. Trump já chegou a afirmar que “a questão das armas nucleares é uma farsa”.
O juiz Bruce Reinhardt divulgou hoje o mandado de busca e apreensão. O FBI apreendeu 11 conjuntos de documentos classificados —entre eles, havia alguns que tinham marcas que deixavam claro que quatro eram ultrassecretos e três eram secretos (os dois dos níveis mais altos de sigilo da classificação americana).
O Departamento da Justiça argumentou que tinha motivos para acreditar que Trump violou a Lei de Espionagem, uma lei federal que proíbe a posse ou transmissão de informações de defesa nacional. Há leis federais, além da de Espionagem, que proíbem o manuseio de material classificado.