O julgamento federal do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi marcado hoje, 28, pela juíza distrital de Washington, Tanya Chutkan, para começar em 4 de março de 2024. Trump será julgado pelo caso que investiga suposta tentativa de anular votos na eleição de 2020.
O julgamento vai ocorrer num período estratégico para as eleições no país: a data é a véspera da “Super-Terça”, o evento mais importante das prévias das eleições nos EUA. É o dia em que mais estados decidem, em eleições primárias, quais serão os candidatos presidenciais. Mais de dez estados votam nas primárias republicanas, no processo que determina qual candidato será o representante do partido na disputa pela Presidência.
Trump é o favorito para conseguir a nomeação do Partido Republicano, apesar dos processos contra ele. Caso consiga a nomeação, ele vai disputar a eleição presidencial contra o democrata Joe Biden, atual presidente que buscará a reeleição.
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No começo deste mês, o ex-presidente se declarou inocente das acusações. Na semana passada, Trump compareceu ao tribunal no estado da Georgia para ser formalmente acusado, e foi fichado. Ele pagou fiança de US$ 200 mil (equivalente a R$ 1 milhão) e foi liberado cerca de 10 minutos depois.
Neste processo específico, Trump responde a 13 acusações criminais, incluindo associação criminosa para tentar reverter o resultado da eleição na Georgia, que lhe daria vantagem sobre Biden no pleito presidencial.
Trump ainda responde a outros três processos, em Nova York, Flórida e Washington, por respectivamente:
- Fraudes e falsificações em documentos de campanha eleitoral, revelados após compra do silêncio da atriz pornô Stormy Daniels;
- Retirar documentos confidenciais da Casa Branca e armazená-los na própria residência, na Flórida;
- Conspirar contra o governo e insuflar as invasões ao Capitólio, em janeiro de 2021.
Mesmo que seja condenado, Trump poderá concorrer à presidência: a legislação eleitoral dos EUA não inclui nenhuma restrição a candidaturas de réus ou detentos.