“Torne-se o pior pesadelo das mulheres”, esse é o slogan de um jogo controverso, que exalta o abuso sexual de mulheres, foi retirado da plataforma de jogos para computador Steam após uma série de reclamações dos usuários. Intitulado No Mercy, o jogo pertence ao gênero “novela gráfica adulta”, no qual o jogador precisa manipular mulheres da própria família para manter relações sexuais abusivas e violentas.
Desenvolvido pela empresa Zerat Games, o jogo rapidamente recebeu uma série de críticas negativas dos usuários da plataforma, além de ter sido repudiado por órgãos oficiais e autoridades europeias. A ONG Collective Shout chegou a abrir um abaixo-assinado para ser enviado à Steam, exigindo a retirada do jogo do catálogo.

Apesar dos inúmeros protestos, a Valve, dona da Steam, não tomou nenhuma medida legal contra o jogo. A decisão de remover No Mercy da plataforma partiu da própria Zerat Games, que alegou “não querer que as polêmicas das últimas semanas afetem sua parceria de negócios”.
A empresa também afirmou que No Mercy não teria causado tanto alarde se não fosse pela repercussão promovida por jornalistas e criadores de conteúdo, os quais, segundo a desenvolvedora, “criaram uma campanha de desinformação e difamação contra o jogo”, defendendo que a obra é apenas uma ficção.
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A Zerat Games ainda acusou produtores de conteúdo de “editarem cenas de No Mercy para apresentá-las fora de contexto”. Alegaram também que algumas das imagens utilizadas nas críticas foram retiradas de outros jogos. No entanto, todo o material em vídeo utilizado foi extraído da própria página oficial do jogo, anteriormente disponível na Steam.

Além da temática polêmica, o jogo conta com cenas de violência sexual chocante, além de incentivar práticas criminosas, como o estupro e o incesto. Sobre as cenas polêmicas, a empresa alegou que não há nada de errado nelas.
“Entendemos totalmente que, para muitas pessoas, tais coisas podem ser nojentas, mas, durante o sexo, as pessoas realmente devem poder fazer o que quiserem, contanto que não machuquem ninguém”, declarou a Zerat Games.
Até o fechamento desta matéria a Valve não havia se pronunciado sobre o caso.