Javier Milei discursou pela primeira vez, na tarde deste domingo (10/12), como o novo presidente da Argentina. Ele falou do lado de fora do Congresso, diferentemente da sua vice, Victoria Villarruel, que discursou dentro do órgão legislativo.
Em frente à escadaria do parlamento, e com a presença de seus eleitores e autoridades, Milei passou boa parte do discurso criticando a herança deixada pelos seus antecessores, e reforçando a necessidade de cortes nos gastos públicos.
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“Nestes dias muito se falou sobre a herança que vamos receber. Que fique claro, nenhum governo recebeu uma situação pior do que estamos recebendo.”
“Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno. Não há retorno. Hoje enterramos décadas de fracassos e disputas sem sentido. Brigas que só conseguiram destruir o nosso país e nos deixar na ruína. Hoje começa uma nova era na Argentina, de paz e prosperidade”.
“Vamos lutar com unhas e dentes para erradica-la. A solução” para a herança deixada por governos anteriores “implica, por um lado, um ajuste fiscal (…) que, diferentemente do passado, cairá sobre o Estado e não sobre o setor privado. Tenho que deixar claro que não há alternativa ao ajuste fiscal. Do ponto de vista teórico, se um país carece de reputação, os empresários não investirão até que venha um ajuste”. Disse Milei.
O presidente relembrou a população em situação de pobreza, os problemas no desempenho dos alunos argentinos na educação e a situação de emergência na infraestrutura. O economista ultraliberal Javier Milei, do partido A Liberdade Avança, venceu Sergio Massa no dia 19 de novembro por 55% a 44%.
*com informações do G1