Um comunicado oficial do Itamaraty, neste domingo (8), confirmou que o brasileiro Rafael Zimerman ficou ferido com estilhaços de granadas durante uma festa rave e está internado no hospital Soroka Medical Center, em Israel.
De acordo com a nota, Zimerman está em choque, mas passa bem. O comunicado diz que estão desaparecidos os brasileiros Bruna Valeanu e Ranani Glazer.
Há uma terceira pessoa, com identidade brasileira e israelense, que também está desaparecida e foi identificada como Celeste Fishbein. Até o momento, não há informações de vítimas brasileiras, segundo as informações do Itamaraty.
Brasileiros desaparecidos
Amigos do gaúcho Ranani Glazer, de 24 anos, contaram que estavam em uma festa rave no Sul de Israel quando o país foi alvo de bombardeio. De acordo com os depoimentos, o jovem estava escondido em um abrigo, mas o local teria sido invadido e não tiveram mais notícias dele.
Segundo as informações do Metrópoles, Bruna Valeanu também estava na mesma festa rave que Ranani, mas não há notícias de que ambos se conheciam. A jovem é natural do Rio de Janeiro e morava na cidade de Petah Tikva, próximo a Tel Aviv.
Brasileiro ferido
Felipe Jurek é amigo de Rafael e trabalham no país. Felipe estava em Tel Aviv quando recebeu uma mensagem de Rafael falando sobre o bombardeio. Ele viajou 40 minutos em meio aos ataques para resgatar o amigo em Beer Sheva.
“Assim que eles começaram a ouvir as explosões, encerraram a música, todo mundo começou a correr para tudo o que é lado, começaram a ouvir tiros, e aí eles correram para um bunker. Chegaram a matar um policial, tacaram granada dentro do bunker”, contou Felipe ao Jornal Nacional.
Quando Rafael foi resgatado do bunker pela polícia, em estado de choque, ele conseguiu enviar uma foto e sua localização para o amigo.
“Ele falou que viu pessoas queimando, viu pessoas levando tiro e foi feio, foi bem ruim a coisa”, relatou Felipe.
Felipe ainda contou que encontrou Rafael muito ferido e consciente e que ele foi transferido para um hospital na cidade de Haifa, devido a lotação dos hospitais em Beer Sheva.
“Tiraram ele e mais algumas pessoas, mas não foi todo mundo que sobreviveu desse bunker”, finalizou.
*Com informações Metrópoles