As Forças Armadas de Israel assumiram, nesta terça (7/5), controle da passagem da fronteira de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito. Nos últimos tempos, a cidade tinha se tornado um enclave palestino, para onde migraram cerca de 1 milhão de cidadãos fugindo da guerra, que já dura oito meses.
Tanques israelenses também entraram na cidade, após uma noite de ataques aéreos na localidade.
Israel assume controle da fronteira justo quando o grupo palestino Hamas havia anunciado a mediadores no Catar e no Egito que aceitava um acordo de cessar-fogo. No entanto, algumas horas depois, autoridades israelenses afirmaram que rejeitaram a proposta, pois esse acordo “não atendia às suas exigências”.
Leia mais:
Israel diz que proposta de cessar-fogo está “longe” de suas exigências
Hamas anuncia balanço e diz que 34.356 pessoas foram mortas na guerra, em Gaza
A maior parte do milhão de civis que foram se amontoar em Rafah vive em acampamentos de barracas e abrigos improvisados. Muitos estão tentando sair, atendendo às ordens israelenses de retirada, mas com grandes áreas da cidade costeira já destruídas, eles dizem que não têm lugar seguro para ir.
Segundo Israel, Rafah abriga centenas de combatentes do Hamas, e dezenas de reféns raptados durante os ataques de 7 de outubro último estariam lá. A vitória sobre o Hamas seria impossível sem a tomada de Rafah, de acordo com Israel.
Enquanto isso, a comunidade internacional teme pelo futuro próximo. O Egito disse que a operação em Rafah ameaça os esforços de cessar-fogo, enquanto o chefe de política externa da União Europeia, Joseph Borrell, declarou que o ataque seria mortal para os civis.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 34.789 palestinos já teriam morrido na guerra, a maioria civis. Israel estima que 133 reféns sequestrados no início do conflito ainda estejam em cativeiro em Gaza.
*Com informações de Agência Brasil