O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu nesta terça-feira (24), que o secretário-geral da organização, António Guterres, renuncie imediatamente após declaração de que os “ataques do Hamas contra Israel não aconteceram no vácuo“. Outros políticos israelenses também se manifestaram contra o secretário-geral.
Erdan afirmou que Guterres distorce os ataques terroristas do grupo radical islâmico Hamas após a fala do secretário-geral na reunião do Conselho de Segurança da ONU desta terça-feira.
“O discurso chocante do secretário-geral da ONU na reunião do Conselho de Segurança, enquanto foguetes são disparados contra todo Israel, provou conclusivamente, sem qualquer dúvida, que o secretário-geral está completamente desligado da realidade na nossa região e que ele vê o massacre cometido pelos terroristas nazistas do Hamas de uma forma distorcida e imoral”, escreveu Erdan.
“A sua declaração de que ‘os ataques do Hamas não aconteceram no vácuo’ expressou uma compreensão pelo terrorismo e pelo assassinato. É realmente incompreensível. É verdadeiramente triste que o chefe de uma organização que surgiu após o Holocausto tenha opiniões tão horríveis. Uma tragédia!”, completou Erdan.
O embaixador acusou Guterres de demonstrar compreensão e compaixão ao Hamas. Guterres ainda afirmou que “o povo palestino foi submetido a 56 anos de ocupação sufocante”.
“Não há qualquer justificativa ou sentido em falar com aqueles que demonstram compaixão pelas mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu. Simplesmente não há palavras”, afirmou Erdan em suas redes sociais.
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O líder da oposição em Israel, Yair Lapid, também criticou a declaração:
“O secretário-geral António Guterres envergonhou hoje as Nações Unidas. O seu discurso forneceu desculpas e racionalização para o terrorismo bárbaro. Nunca há qualquer desculpa para o assassinato de crianças, o rapto de bebês e a violação de mulheres”, escreveu Lapid no X.
Outros políticos israelenses, como Avigdor Liberman, fizeram coro às críticas:
“O secretário-geral da ONU deveria aprender história antes de falar disparates. O seu pronunciamento faz parte da falsa narrativa palestina que a ONU vem reforçando há anos. Qualquer pessoa que encontre justificativa para o massacre de mulheres e crianças não é diferente dos desprezíveis terroristas do Hamas. O secretário-geral, nas suas observações, está de fato a legitimar o assassinato de judeus e israelenses e deve ser destituído do cargo mais cedo ou mais tarde”, escreveu Liberman, também no X.