O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quinta-feira (16/1) o Hamas de mudar termos do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Ele também disse que o grupo terrorista causou uma “crise de última hora” no acordo.
O comunicado do gabinete do premiê afirmou:
“O Hamas voltou atrás em partes do acordo alcançado com os mediadores e Israel numa tentativa de extorquir concessões de última hora”.
O premiê israelense tinha previsto fazer uma reunião com seu Conselho de Ministros nesta quinta-feira para aprovar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. O acordo deveria começar a valer neste domingo (19/1), mas agora não se sabe se esse impasse com o Hamas vai atrasar a sua implantação.
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Netanyahu não especificou quais foram os pontos que, segundo ele, o grupo terrorista disse que não vai mais cumprir.
Membros do Hamas negaram o recuo e afirmaram às agências de notícias Reuters e Associated Press nesta quinta que o grupo está respeitando os termos do acordo anunciado pelos mediadores.
Entenda o caso
Na quarta (16), Catar e os Estados Unidos anunciaram o acordo, que prevê a libertação de dezenas de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. Os dois países, junto com o Egito, mediaram as negociações por meses.
Tecnicamente, o aceite do acordo por Israel não é oficial até que seja aprovada pelo gabinete de segurança e pelo governo do país. Israel afirma que alguns detalhes do documento ainda precisam ser finalizados.
O conflito na Faixa de Gaza começou quando terroristas do Hamas fizeram uma invasão inesperada ao sul de Israel em outubro de 2023, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200. No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, que governava a Faixa de Gaza.
Ao longo de 15 meses de conflito, Gaza foi praticamente reduzida a escombros e cerca de 46 mil palestinos foram mortos. A região virou foco da maior crise humanitária do momento.
*Com informações de G1