Um dos quatro corpos devolvidos pelo grupo terrorista Hamas a Israel na quinta-feira (20/2), como parte do acordo que levou a um cessar-fogo, não é o da refém Shiri Bibas: a devolução dos corpos causou grande comoção no país.
Os militares israelenses acusam o Hamas e consideram o fato como uma “violação de extrema severidade” do acordo, que já se encontra precário.
Os israelenses confirmaram nas primeiras horas desta sexta-feira (21) que dois dos corpos devolvidos pertencem aos filhos de Bibas, Ariel e Kfir. No entanto, acrescentaram: “Durante o processo de identificação, foi determinado que o corpo adicional recebido não é o de Shiri Bibas, e nenhuma correspondência foi encontrada para qualquer outro refém. Este é um corpo anônimo e não identificado”. As informações são do jornal britânico The Guardian.
O acontecimento fez com que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltasse a subir o tom: Em pronunciamento, ele prometeu que “faria o Hamas pagar”.
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Em comunicado nesta sexta, o Hamas admite o erro e diz que restos mortais de Shiri Bibas parecem ter sido misturados com outros restos mortais humanos em escombros após um ataque aéreo israelense.
No entanto, o Hamas não informou se irá, de fato, devolver o corpo que realmente é o de Shiri.
No momento da entrega na quinta, o Hamas reafirmou sua posição de que a mãe e os meninos Bibas haviam sido mortos em um ataque aéreo israelense durante a guerra, em novembro de 2023.
Por sua vez, as Forças de Defesa de Israel (IDF) acrescentaram que as descobertas de inteligência e forenses mostraram que os filhos de Bibas foram “assassinados por terroristas”.
O exército israelense informou que notificou a família de Shiri, incluindo Yarden Bibas, marido dela e pai dos dois meninos, que foi libertado no início deste mês como parte do acordo de trégua. A família se tornou um símbolo do ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 que deu início à guerra em Gaza.
*Com informações de Metrópoles