A Torre Eiffel, em Paris, uma das principais atrações turísticas a nível mundial, foi fechada nesta segunda-feira (19/02), e pela segunda vez em dois meses, devido à greve dos trabalhadores da empresa que administra o monumento.
O encerramento acontece na segunda semana das férias escolares em França, e até onde se sabe, por tempo indeterminado. A greve provocou raiva e incompreensão entre os turistas que vieram de longe para visitar a “Dama de Ferro“. Os sindicatos dizem que estão “preocupados” e acusam a prefeitura de impor um modelo econômico insustentável.
“Se soubéssemos que havia um problema com os funcionários, teríamos mudado a data“, disse Gabriel Mimica, “surpreso” com a greve, apesar de ter “planejado tudo para hoje“. O argentino de 42 anos, que está visitando Paris pela primeira vez com sua família, ainda tem três dias para tentar a sorte, mas isso significaria “desistir de ir em outro lugar“.
Elie Bou-Khalil e Chama Ghaiti, que vieram de Pau, no sudoeste da França, para um fim de semana prolongado, estão “desapontados“, especialmente porque “logo terão mais de 25 anos” e, portanto, perderão o desconto de 50% do preço da entrada para jovens: 14,70 euros em vez de 29,40 para chegar ao topo.
Courtney Scott e seu namorado estão “arrasados“. “Deixamos nosso bebê em casa para essa escapada romântica e não podemos subir“, lamentou a irlandesa de 30 anos.
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Os turistas não puderam passar as barreiras que circundam o terreno onde se situa a torre, sendo a greve anunciada numa mensagem disponibilizada num ecrã. Os trabalhadores reclamam de aumentos de salários na proporção das receitas provenientes da venda de bilhetes e da manutenção melhorada do monumento, gerido pela SETE, uma empresa detida em 99% pela câmara municipal de Paris.
Os representantes dos trabalhadores entendem que a autarquia de Paris subestima os custos e sobrestima os lucros, deixando no ar a possibilidade de uma greve durante os Jogos Olímpicos marcados para o período entre 26 de julho e 11 de agosto na capital francesa.
Numa declaração conjunta, as entidades sindicais pedem ainda que a autarquia de Paris seja “compreensiva com as reivindicações financeiras de modo a garantir a sobrevivência do monumento e da empresa que o administra“. Em circunstâncias normais, a Torre Eiffel está aberta 365 dias por ano e atrai cerca de sete milhões de visitantes a cada 12 meses, a maioria estrangeiros.